Vale a pena pesar a comida? Um relato de quem começou do zero
Vale a pena pesar a comida? Um relato de quem começou do zero
Tá aí uma coisa que eu achava que nunca ia fazer: pesar comida. Sempre imaginei que isso era coisa de fisiculturista, nutricionista ou gente chata que transforma cada refeição num episódio de “MasterChef Nutricional”. Mas a vida tem um jeito curioso de nos ensinar a calar a boca, e a balança de cozinha virou minha melhor companheira — depois do café, claro.
Eu sou o Rafael Lima Costa, e se você também está começando do zero nessa jornada de saúde, alimentação consciente ou simplesmente tentando descobrir por que aquele bendito número da balança não desce, relaxa. Eu tô aqui pra te contar como foi minha experiência e, mais importante ainda, responder de uma vez por todas: pesar a comida vale mesmo a pena?
Minha vida antes da balança (spoiler: caos)
Antes de começar a pesar a comida, eu era o mestre dos “olhômetros”. Uma colher de arroz? “Acho que foi uma”. 100g de frango? “Deve estar aí”. A quantidade de manteiga na frigideira? “Se der sabor, tá certo”. Resultado? Frustração, porque eu jurava que comia “pouquinho” e mesmo assim não via progresso algum.
Foi só depois de uma consulta com uma nutricionista (sim, dessas que não deixam passar nem a farofinha do churrasco) que caiu a ficha: sem medir, eu tava apenas chutando. E adivinha? Eu sou péssimo de chute, não ganhei nem no bolão da Copa.
O primeiro contato com a balança
Comprei uma balança digital dessas básicas. Nada de frescura. Custou menos que uma ida no rodízio, pra você ter ideia. E confesso: encarar aquele prato lindo e ver o número pipocar na telinha foi esquisito. Parecia que a comida tava sendo julgada. Mas com o tempo, a relação melhorou. Eu comecei a entender quanto, de fato, é 100g de carne ou 30g de aveia. E vou te dizer: eu tava comendo bem mais do que achava — em todos os grupos alimentares, inclusive os que não são exatamente nutritivos (olá, chocolate escondido na gaveta…)
O que eu aprendi pesando a comida
1. Quantidade importa tanto quanto qualidade
Comida saudável também engorda se você exagerar. Parece óbvio, mas é fácil esquecer quando você enche o prato de batata-doce achando que é “liberado”. Ao pesar os alimentos, eu finalmente consegui ver o que era uma porção adequada. E isso mudou completamente minha maneira de comer. Nada de radicalismos; apenas mais consciência.
2. Pesar não é prisão, é aprendizado
No começo, confesso que pesar tudo era um saco. Mas com o tempo, virei ninja em estimativas. Depois de um tempo pesando 50g de aveia todo dia, eu bati o olho e já sabia quanto tinha. A balança virou uma aliada temporária: me ensinou o que é uma porção real, e hoje uso mais como conferência do que rotina obsessiva.
3. A comida deixou de ser vilã
Pesar os alimentos me ajudou a parar de “demonizar” certos pratos. Arroz branco, por exemplo. Muita gente corta sem necessidade. Quando pesei minha porção padrão (tipo o que minha avó serviria), entendi por que a barriga não ia embora: eu comia pelo menos 250g de arroz num único almoço. Agora como o mesmo arroz, só que na quantidade certa. Resultado? Progresso no espelho e no humor (porque ninguém vive só de folha de alface).
Mas e o tempo? Não atrapalha?
Essa é uma das perguntas que mais recebo: “Rafael, não leva muito tempo pesar tudo que você vai comer?”. Levaria, se eu fosse pesar grão a grão. Mas o segredo está em metodologia. Eu te mostro:
- Planeje o cardápio do dia (ou pelo menos da refeição).
- Pese os ingredientes antes de cozinhar.
- Armazene porções já prontas, pesadas e separadas.
Em vez de complicar, pesar a comida me poupou do famoso “o que eu vou comer agora?”. Com as porções separadas, o risco de exagerar diminui naturalmente. Menos ansiedade, menos erro. Só vantagem.
Vale a pena pesar a comida, afinal?
Vamos direto ao ponto: Sim, vale a pena. Principalmente pra quem está começando do zero e não tem noção real de porções. Mas também digo com honestidade: você não precisa virar escravo da balança. Ela é uma ferramenta de aprendizado, não uma vigilante da sua cozinha.
Hoje, eu uso a balança ocasionalmente, quando quero relembrar quantidades ou quando exagero nos “rolês gastronômicos do fim de semana”. Mas aqueles três primeiros meses medindo tudo? Foram fundamentais para:
- Entender como meu corpo reage a diferentes volumes de comida
- Descobrir que “uma colher de sopa” pode variar de 10g a 30g dependendo da sua fome (ou da colher…)
- Aprender a montar pratos mais equilibrados
Dicas de quem viveu na pele
Se você decidiu começar a pesar seus alimentos, aqui vão algumas dicas sinceras de quem já passou por isso:
- Invista numa balança digital simples: Não precisa de mil funções sofisticadas. Só que pese com precisão (gramas decimais ajuda).
- Use aplicativos de alimentação: Eles ajudam a registrar os alimentos e mostrar os valores nutricionais. Facilita muito.
- Crie o hábito devagar: Não tente pesar tudo logo de cara. Comece pelos itens que costuma errar a mão (carboidratos e gorduras, tô olhando pra vocês).
- Não seja radical: Comer também é prazer. Pese, aprenda e siga em frente. A balança não é inimiga do sabor.
Conclusão: a balança não cozinha, mas educa
Se você quer mudar seus hábitos alimentares com consciência, pesar a comida é um caminho excelente pra começar do zero. Não precisa seguir isso pela vida toda nem virar neurótico com números. Mas entender o que você bota no prato já é metade da caminhada para melhorar a alimentação.
Eu sou o Rafael, um cara comum que decidiu encarar a balança não como juíza, mas como professora. E posso te garantir: o aprendizado valeu cada grama (e cada susto). Se eu consegui, você também consegue.
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