O que fazer quando bate vontade de desistir? Um papo reto com quem também já pensou
O que fazer quando bate vontade de desistir? Um papo reto com quem também já pensou
Fala, guerreiro (ou guerreira) do outro lado da tela. Se você clicou nesse texto, muito provavelmente tá passando por uma daquelas fases em que tudo parece mais pesado que caminhão de mudança na subida. E se for isso mesmo, antes de qualquer coisa, deixa eu te dizer uma parada do fundo do peito: você não tá sozinho.
Eu sou o Rafael Lima Costa, e sim… já pensei em desistir. Já me questionei se estava no caminho certo. Já achei que o erro era ser eu. Mas olha só, não desisti. E ainda bem. Hoje, se eu puder te entregar uma fagulha de clareza nesse breu que pode estar te consumindo, já valeu meu dia.
Desistir não é fracasso — fingir que tá tudo bem é.
Vamos começar quebrando esse tabu: pensar em desistir não te transforma em um derrotado, muito menos em alguém fraco. Pensar em fugir é natural quando a gente se sente pressionado, cansado, frustrado e sem perspectiva.
Mas existe uma diferença brutal entre pensar em desistir e de fato jogar tudo pro alto. Sentir vontade é uma reação emocional. Tipo fome: se você sentir e sair comendo tudo pela frente, pode se lascar. Mas se respirar, avaliar e fazer escolhas conscientes, pode até sair mais forte do que entrou.
Tudo bem se hoje não tá fácil
Antes de sair se punindo porque a produtividade tá baixa, lembra: você é ser humano, não ser-horário-de-tarefas-ininterruptas. Tem dia que a cabeça trava, que o cansaço vence, que a comparação com os outros parece uma faca.
Mas você ainda tá aqui, lendo isso. E isso já diz muito.
O que pode estar por trás da vontade de desistir?
Se você mergulhar fundo nessa vontade de desistir, pode descobrir que ela nem sempre tem a ver com o que está acontecendo agora. Às vezes, é algo muito mais profundo.
1. Você tá tentando agradar todo mundo
Spoiler: isso nunca vai funcionar. A conta não fecha. Cada um tem sua régua, suas cobranças. Se você ficar tentando caber no molde de todo mundo, vai acabar se perdendo de você mesmo.
2. Suas metas são irreais (ou as metas nem são suas!)
Quem disse que você tem que conquistar o mundo em um ano? Quem botou na sua cabeça que sucesso é ter X seguidores ou faturar Y mil reais por mês?
Será que isso é seu mesmo, ou só uma projeção da internet? Para. Se escuta. Recomeça, se for preciso. Mas faz por você, não pelos olhos dos outros.
3. Você tá exausto (mentalmente e fisicamente)
Às vezes, a mente só quer descanso, mas a gente chama esse cansaço de fracasso. Já experimentou dormir bem por uma semana antes de tomar decisões definitivas? Parece bobo, mas é poderoso. Corpo sem energia vê problema em tudo. Cabeça descansada vê soluções.
Então o que fazer quando a vontade de desistir aperta?
Não existe fórmula mágica, mas existem caminhos testados por quem já passou pelo que você tá passando. E é com base na minha vivência que eu quero te deixar algumas estratégias reais.
1. Respira. De verdade.
Não é brincadeira nem papo zen. Respirar profundo muda o estado emocional. Fecha os olhos. Inspira por 4 segundos, segura por 4, solta em 6. Faz isso por uns 3 minutos. Você vai se surpreender como esse “detalhe” equilibra a mente pra decidir melhor.
2. Relembra o porquê você começou
Sabe aquele motivo que fez seu coração acelerar quando decidiu embarcar nessa jornada? Resgata ele. Pode ter sido liberdade, propósito, sustentar a família, provar que você podia. Volta pra essa raiz. Ela ainda tá aí dentro.
3. Se precisar, pausa. Não abandona
Você não precisa desistir — você pode descansar. Às vezes, a parada é só isso: dar um tempo, reorganizar a rota, se reconectar contigo, e depois voltar mais centrado.
Empreender, crescer, recomeçar — tudo isso é maratona, não corrida de 100 metros.
4. Fala com alguém. Mas com alguém de verdade
Tem um amigo? Um mentor? Um terapeuta? Fala. Desabafa. Expor sua dor pra alguém preparado ou empático pode ser o oxigênio que você tava precisando. Só não guarda tudo aí dentro, porque isso te consome pela beirada.
5. Celebra até os 0,1%
A gente tem mania de só valorizar resultado gigante. Mas quando você tá começando do zero, sobreviver ao dia, postar com medo, estudar enquanto o mundo dorme — isso já é vitória. Se reconhece. Se valoriza. Porque ninguém mais vai fazer isso por você do jeito que só você merece.
O jogo muda quando você muda o jeito de jogar
Olha, se tem uma coisa que eu aprendi, é que a vontade de desistir geralmente aparece um pouco antes da virada. É como se a vida testasse: “Será que você realmente quer isso?”
E entre a dor de continuar e o arrependimento de ter parado, eu (com todas as cicatrizes) prefiro a dor de ficar. Porque depois dela vem o crescimento. Vem o orgulho. Vem a história pra contar.
Tá tudo certo com você. Só tá difícil — e vai passar.
Se nada mais desse texto ficar contigo, guarda isso: não é você que tá errado. É só uma fase que tá apertada. E fases apertadas forjam gente forte.
Se até você duvidar de você, eu duvido por você. E te digo: segue. Um passo de cada vez. Pequeno que seja. Mas anda. O mundo precisa da sua história completa — e não de uma que parou na metade.
Vamos juntos. Porque aqui, ninguém solta a mão de quem tá começando do zero.
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