Vamos falar de compulsão: quando a fome não é só física
Vamos falar de compulsão: quando a fome não é só física
Olá, minha gente! Aqui é a Juliana Rocha Alves, sua parceira na jornada do autoconhecimento alimentar. E hoje, o papo é sério (mas feito no nosso coração leve de sempre). Quero conversar com você sobre algo que costuma morar bem quietinho no fundo da nossa relação com a comida, mas que, quando aparece, grita: a compulsão alimentar.
Esse nome pode assustar, eu sei. Mas respira fundo comigo e vem entender, sem julgamentos, o que acontece quando a nossa fome não vem do estômago — e sim da alma, do cansaço, da frustração… ou de tudo isso misturado.
O que é compulsão alimentar, afinal?
Muita gente acha que compulsão é só “comer muito”. Mas não é bem por aí, viu? Compulsão alimentar é quando a relação com a comida perde a suavidade e vira descarga emocional. É quando você come rápido, muito, sem fome física… e fica com aquele peso depois — não só no estômago, mas também no coração.
E olha, não tô aqui pra dizer o que é certo ou errado. A nossa conversa é pra te acolher. Porque compulsão não é falta de força de vontade. É sinal de que tem algo dentro da gente pedindo atenção.
Então, como identificar se estou comendo por emoção?
Tem uns sinais que o corpo e a mente mandam quando a comida tá virando válvula de escape. Dá uma olhada nessa lista com carinho:
- Você sente um desejo súbito e urgente por comida, geralmente por doces ou alimentos ultra processados;
- Sua fome aparece mesmo depois de se alimentar há pouco tempo;
- Come muito rápido, sem prestar atenção no sabor ou na saciedade;
- Sente culpa, vergonha ou tristeza logo após comer;
- Percebe que está comendo para relaxar, aliviar a ansiedade ou fugir de sentimentos desconfortáveis.
E, mais importante: se você se identificou com algum desses pontos, saiba que você não está sozinha.
A fome emocional tem causa (e solução!)
Vamos falar com franqueza? O dia a dia tá puxado, o mundo tá exigente e, muitas vezes, aquilo que sentimos a gente nem tem tempo de processar. Aí o cérebro, espertinho que é, vai direto na fonte de prazer rápida: comida rica em açúcar, gordura e carboidrato refinado.
Mas o que esse corpo tão sábio está tentando dizer? Que você tá sobrecarregada, carente de atenção, com emoções transbordando ou precisando de descanso. A fome emocional é, muitas vezes, uma tentativa (mal direcionada, mas legítima) de autorregulação.
“Tá, Ju… e como é que eu lido com isso, sem me sentir culpada ou fracassada?”
Esse é o ponto-chave da nossa conversa. Vai anotando aí, que vem dica valiosa:
5 passos para lidar com a fome que não é física
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Pratique a escuta interna consciente
Na dúvida: respira. Quando a vontade de comer aparecer, antes de correr pra geladeira, fecha os olhos e se pergunta: “Estou com fome mesmo ou estou ansiosa? Triste? Irritada?”. Essa pausa é ouro puro. -
Crie um ritual de autocuidado que não envolva comida
Pode ser um banho com óleos essenciais, uma caminhada no quarteirão com música boa, ou até escrever num caderno o que você está sentindo. Substituir o “piloto automático alimentar” por práticas de conexão real é libertador. -
Desmonte o mito da perfeição alimentar
Comer por emoção de vez em quando é HUMANO. Não é fracasso, não é deslize. É só uma forma do seu corpo conversar com você. O importante é ouvir e acolher. -
Faça as pazes com os alimentos “gatilhos”
Quando a gente rotula a comida como “proibida”, ela ganha poder sobre a gente. Liberdade alimentar e consciência caminham juntas. Comer com presença acontece quando não há guerra no prato. -
Busque ajuda profissional
Se a compulsão está frequente e trazendo sofrimento, procure uma abordagem que una psicologia e nutrição. Ter com quem conversar é também parte do processo de cura.
Autocompaixão: ingrediente que nunca falta aqui
Quem me acompanha sabe: eu falo muito de comida boa, colorida, feita no fogão com intenção. Mas eu também falo de alma. Porque emagrecimento de verdade acontece quando a gente cuida não só do corpo, mas também das emoções, pensamentos e histórias.
Você não precisa lutar contra você mesma. O caminho é justamente o contrário: fazer as pazes com suas necessidades. Entender que comida é fonte de prazer sim, mas não substitui abraço, descanso ou afeto.
Uma pergunta pra deixar no seu coração:
Será que você está com fome de comida… ou fome de leveza, de pausa, de tranquilidade?
Comida com propósito, mente com presença
Essa é minha missão aqui na editoria Comida de Verdade com Consciência: te lembrar que dieta não precisa ser castigo, que autocuidado nasce no prato e floresce na cabeça. Que fome emocional não é vergonha, é convite pra olhar pra dentro.
Então, da próxima vez que sentir aquela vontade incontrolável de comer sem sentido… segura na minha mão, respira, e lembra: você tem todo direito do mundo de ter emoções. E não precisa engolir nenhuma delas.
Com carinho e sem pressa,
Juliana Rocha Alves
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