Como fazer escolhas conscientes mesmo quando a rotina tá corrida

Como fazer escolhas conscientes mesmo quando a rotina tá corrida

Oiê! Aqui é a Ju Rocha — nutricionista, mãe de duas, corredora de app de entrega quando a geladeira esvazia e, acima de tudo, uma apaixonada por comida de verdade com consciência. Se você vive no caos gostoso do dia a dia (trabalho, filhos, metas, reuniões e aquele “vamos marcar” que nunca acontece), esse papo é pra você.

Vamos combinar uma coisa desde já: não existe perfeição quando o assunto é alimentação consciente em meio ao corre-corre. Mas sabe o que existe? Escolhas melhores. Possíveis. Reais. Bora conversar sobre como colocar isso em prática, sem culpa e com muito sabor?

Primeiro, respira: o que são escolhas conscientes?

Escolher com consciência é bem mais do que só contar calorias ou procurar o rótulo mais “fitness” da prateleira. Aqui estamos falando de atenção plena — o famoso mindful eating:

  • Prestar atenção no que você está comendo;
  • Entender por que está comendo aquilo (fome real ou vontade emocional?);
  • Escolher opções que nutram o corpo e, sim, a alma também.

É sobre equilíbrio, escuta interna e intenção. Nada de terrorismo nutricional ou lista de “pode/não pode”. Combinado?

Mas e quando o tempo não colabora?

Ah… o tempo. Esse ser mitológico que some igual comida boa em confraternização. Mas relaxa. Escolhas conscientes também podem ser feitas nos dias de caos, quando a agenda é mais apertada que jeans no verão. Separei algumas estratégias práticas — testadas na dureza da vida real — pra te ajudar a manter a consistência, sem perder a cabeça (ou o apetite).

1. Mude o pensamento do “tudo ou nada”

Você não precisa de uma manhã perfeita com café da manhã orgânico e meditação de 40 minutos. Tá tudo certo se for uma banana com pasta de amendoim no caminho do trabalho. Fazer o melhor possível com o que tem no momento já é ser consciente.

Alimentação consciente não é sobre perfeição, é sobre intenção. E cada pequena escolha conta.

2. Deixe sua despensa do jeito certo

Aquela frase clichê, mas real: “você come o que tem em casa”. Então, que tal garantir opções nutritivas e práticas na dispensa e na geladeira? Nada muito mirabolante, ó:

  1. Frutas de fácil consumo: banana, maçã, uva;
  2. Oleaginosas: castanha, amêndoa, nozes;
  3. Legumes prontos pra cozinhar ou já cortadinhos;
  4. Arroz integral ou quinoa já cozidos e congelados em porções;
  5. Ovos (reis da versatilidade!);
  6. Ervas e temperos naturais prontos (sim, até os congelados valem!).

Com uma base saudável ao seu redor, até as decisões de última hora ficam mais leves.

3. Faça da marmita seu superpoder

Preparar marmitas te dá o dobro de vantagem: economia e autonomia. E não precisa ser aquele cardápio Instagramável, tá? Uma comida simples, feita com carinho, já é mais consciente do que correr pra qualquer fast food aleatório.

Dica da Ju? Separe 2h por semana para montar porções básicas! Joga uma playlist e bora cozinhar por amor e praticidade!

4. Coma com presença (mesmo no meio do caos!)

Mesmo se você tiver 15 minutos no almoço, tente comer com os olhos, nariz, boca e coração. Parece piegas, eu sei, mas faz toda a diferença. Evite olhar pra tela. Mastigue devagar. Sinta os sabores. Conecte com o que está alimentando o seu corpo.

Essa prática impacta até sua saciedade. Comer com atenção evita aquele efeito “nossa, nem lembro o que comi, mas tô cheio(a)”.

5. Tenha um plano B saudável

Vai bater aquele momento em que tudo desanda: você esqueceu de almoçar, a reunião passou do horário, bateu uma fraqueza. Nessas horas, seu cérebro vai gritar por qualquer coisa. E aqui é onde mora o perigo.

Mas se você já preparou um lanchinho coringa, tudo muda. Que tal ter esses por perto?

  • Barras de frutas sem açúcar;
  • Mix de castanhas;
  • Panquequinhas de aveia no potinho — duram 3 dias!
  • Wrap integral com homus e legumes (já enroladinho, só pegar);
  • Água! A gente confunde sede com fome muito fácil no stress…

Menos culpa, mais gentileza. Sempre.

Olha, eu vou te contar uma verdade que nenhuma dieta maluca vai dizer: você não precisa se cobrar tanto. Sim, a rotina é corrida. Sim, tem dias que vai rolar pedir um delivery às 22h. E tudo bem. Alimentação consciente não é sobre nunca errar — é sobre aprender, observar e ajustar aos poucos.

É sobre conhecer seus gatilhos, criar estratégias viáveis, respeitar sua energia. E, principalmente, ter compaixão com você. Porque comer com consciência também envolve aprender a se perdoar.

Conecte-se com seu propósito e vá no seu tempo

Muitas vezes a gente começa a mudar por fora (como o que come, o que compra, o que evita), mas essa mudança genuína precisa vir de dentro. Então, te convido a parar por um minutinho e se perguntar:

  • Eu como com pressa sempre por quê?
  • O que me impediria de planejar uma alimentação com mais presença?
  • Quais benefícios eu já sentiria se cuidasse mais do meu comer?

Se você respondeu sim pra essas perguntas (mesmo que mentalmente), parabéns. Você já está praticando o primeiro passo da alimentação consciente: a observação.

Conclusão: sua consciência vale ouro, mesmo na pressa

Sim, dá pra fazer boas escolhas mesmo com os prazos apertados, o trânsito maluco e a vida pendurada nos 4G. O segredo não tá em ter mais tempo — mas em reconhecer e honrar o tempo que você tem.

Então, da próxima vez que pensar “não vou conseguir comer bem hoje”, lembra de mim te dizendo: cada garfada pode ser um gesto de carinho com você mesma. E isso sim é poder. ❤️

Com leveza, consciência e afeto,

Juliana Rocha Alves
Nutricionista | Educadora em alimentação consciente | Descomplicadora de marmitas

Publication date:
Author: Juliana Rocha Alves
Nutricionista dedicada à reeducação alimentar no contexto nordestino. Com experiência pessoal e profissional em emagrecimento, orienta mulheres a criarem rotinas saudáveis sem abandonar tradições culturais. Atua com educação alimentar e inclusão social em comunidades carentes.

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