Como sair do sedentarismo sem virar atleta do dia pra noite
Como sair do sedentarismo sem virar atleta do dia pra noite
Se você está lendo isso, muito provavelmente já cogitou iniciar uma vida mais ativa, mas sem vestir uma regata, suar litros e tentar bater recorde na esteira logo no primeiro dia. Bom, você veio ao lugar certo. Aqui é o Rafael Lima Costa falando — e deixa comigo! A missão de hoje é simples: sair do sedentarismo sem cair na armadilha do “8 ou 80”. Nenhum de nós precisa virar maratonista amanhã de manhã (só se você quiser, mas aí também vamos conversar com calma).
Primeiro: entenda o que é sedentarismo (sem drama)
Sedentarismo é quando a quantidade de atividade física que realizamos é insuficiente para manter nossa saúde em dia. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é considerado sedentário quem pratica menos de 150 minutos semanais de atividade física moderada.
Mas calma: aqui ninguém vai te julgar por achar que subir um lance de escada já é treino funcional. A questão é que cuidar do corpo e da mente não deveria ser um desafio olímpico, e sim um plano possível.
Por que a maioria dá errado nas tentativas?
Porque tentam entrar no modo Rocky Balboa ao sair da cama. A receita é quase sempre assim:
- Acorda inspirado (geralmente na segunda-feira… depois de um domingo de pizza).
- Se matricula na academia, compra whey, roupa nova e tênis de crossfit.
- Faz cinco dias de treino intenso, seguido por dor muscular, frustração e desistência.
O problema? Faltou estratégia, leveza e progressão. Nosso corpo e nossa mente não gostam de extremos. Ninguém sai do sofá e corre uma São Silvestre feliz da vida. Por isso, a dica número 1 aqui é: vamos com calma, do seu jeito.
1. Comece descomplicando: o movimento vem antes do treino
Atividade física não precisa ser “atividade atlética”. Que tal trocar o elevador pela escada? Levar o cachorro pra uma volta mais longa? Dançar na sala enquanto lava a louça? Tudo isso conta como movimento. E movimento é mais importante do que performance.
Ideias simples pra começar hoje:
- Estacione o carro um pouco mais longe do destino.
- Caminhe durante uma ligação longa (coloca aquele fone esperto e vai).
- Suba dois andares de escada por dia e vá aumentando.
- Levante-se a cada 1h para alongar, mesmo que por 1 minuto.
Essas pequenas mudanças parecem inofensivas, mas contribuem para reprogramar seu cérebro sobre o que é “normal”.
2. Encontre o seu tipo de movimento
Sabe aquele amigo que jura que crossfit mudou a vida, mas você só de pensar em “burpee” já sente falta de ar? Então, não existe fórmula mágica universal. Existe o que funciona pra você.
Tipos de atividade pra experimentar sem sofrer:
- Caminhada: democrática, gratuita e eficiente. Comece com 10 minutos e vá aumentando aos poucos.
- Alongamento: excelente para acordar o corpo, melhorar a postura e diminuir dores.
- Dança: ligue sua playlist favorita e movimente-se por puro prazer. Sem regras.
- Bicicleta: pode ser tanto passeio no parque quanto meio de transporte. O joelho agradece.
- Vídeos rápidos de treino em casa: há centenas de opções com duração de 10 a 20 minutos, para iniciantes.
Tem muita coisa no YouTube gratuita e de confiança – só dá o play e se joga.
3. Crie um ambiente que te lembre de se mexer (sem pressão)
Você já notou que a gente cria lembretes pra tudo — reunião, vencer o boletão, levar a marmita — mas quando se trata do nosso corpo, a gente “esquece”? Então, deixa eu dizer: organize sua rotina e sua casa para te lembrar de se movimentar.
Algumas táticas infalíveis:
- Deixe o tapete de yoga visível. Ele deixa de ser um objeto guardado e vira convite pro alongamento.
- Programe um alarme diário com nome motivador: “Movimenta só 5 min”.
- Use post-its ou papéis colados com frases engraçadas. Tipo: “Mexa-se, preguiçoso elegante!”
4. Coloque metas realistas (e comemore cada uma delas)
Desempenho vem com o tempo. Antes dele, vem constância. Por isso, as suas primeiras metas precisam ser de microvitórias. Nada de “perder 10 kg em um mês” ou “treinar 2 horas por dia”.
Exemplos de metas reais e possíveis:
- Fazer 15 minutos de caminhada 3x na semana.
- Conseguir subir a escada sem parar no meio.
- Incluir 2 sessões de alongamento por semana.
A cada semana que você cumpre uma dessas, reconheça, celebre e ajuste a próxima etapa.
5. Evite a síndrome do “já que…”
Esse é um clássico sabotador:
“Já que eu não fiz o treino hoje, vou comer um pacote de salgadinho… já que comi demais, não vou treinar amanhã também…”
Pare com isso. Um dia fora da curva não estraga o progresso. Mas um pensamento desses alimentado demais… esse sim te derruba.
Reprograme assim:
- “Hoje não deu? Beleza. Amanhã eu volto com 5 minutinhos.”
- “Comi muito no almoço? Tudo bem, em vez de julgar, eu vou caminhar à noite.”
Conclusão: o movimento é seu, não do Instagram
Esquece o feed com gente sarada pulando corda em câmera lenta. O seu movimento não precisa ser bonito, eficiente ou instagramável. Precisa ser constante, seu e progressivo.
Mais do que músculos, você vai ganhar energia, foco, leveza, sono melhor, menos estresse. Tudo isso antes mesmo de pensar em corpo sarado. Se você conseguir mover o corpo todo dia com carinho e consistência, os resultados vêm como bônus.
E aí, partiu mexer esse esqueleto… do seu jeito? Te vejo na caminhada de amanhã! E se quiser mais dicas sobre como começar do zero, nossa editoria está cheia de ideias boas. Bora juntos!
Deixe um comentário